Discurso de Joana Bento Rodrigues

XXIX Congresso do CDS-PP, Guimarães, 2 de Abril de 2022
Discurso de apresentação da Moção de Estratégia Global “Recomeçar pelas Bases”
por Joana Bento Rodrigues, Membro da Comissão Executiva da TEM Esperança em Movimento


Sr. Presidente do Congresso,
prezado Dr. Martim Borges de Freitas,

Senhores Dirigentes Nacionais, Distritais e Concelhios,
Senhores Candidatos,

Senhores Presidentes do CDS Açores e CDS Madeira,
Senhores Presidentes de Câmara e demais autarcas,
Senhores Presidentes da Juventude Popular e da FTDC,

E Porta-voz da TEM e amigo, Mário Cunha Reis,


Caros Congressistas e militantes.

Se eu disser que o partido não precisa de todos, virão os pacifistas e paladinos do “paz e amor” dizer:
“Não… O partido precisa de todos, todos somos poucos…”.

Pois eu digo: nem todos fazem falta!

Não precisamos de socialistas, nem de traficantes políticos, nem de dependentes da política. Porque não fazem falta aqueles que estão para se representar a si e não aos Princípios Fundacionais do CDS.

São bem-vindos, sim, todos os que estão para defender a matriz do partido.
Somos pelo humanismo personalista.

O nosso sucesso (mesmo eleitoral) depende da primazia dos valores e da verdade sobre a lógica dos votos. E foi a inversão desta ordem, pondo os votos à frente dos valores, que descaracterizou o partido e o trouxe a este momento dificílimo.

Abandonou-se a política de elevação, fundada no estudo, conhecimento e reflexão, e passou-se a apostar no pior da política, baseada nos bastidores, onde impera a estratégia, o jogo e a dissimulação.

Temos um candidato que se propõe a unir o partido, depois do seu grande contributo para dividir e deixar o partido em ruínas.

Dr. Nuno Melo, afinal temos uma coisa em comum neste Congresso.
Ambos queremos destruir tendências!

O senhor pretende destruir tendências estatutárias que defendem valores.
Na verdade, o senhor pretende acabar com a única tendência estatutária do CDS.
Não lhe é favorável, não é?

Pois nós queremos destruir tendências que se movem por influências e interesses, que actuam no obscurantismo e que não se acabam com alteração de estatutos.

Tenho uma má notícia para si: cá estaremos de pedra e cal!

Ora, neste momento, o partido não precisa de um rosto, de capitalizar votos ou de se voltar para o exterior.

Neste momento, o partido precisa de uma Direcção capaz e competente para reorganizar o partido, pôr finanças em ordem, vender património com seriedade e devolver o partido às bases, olhando para dentro, conhecendo-se e fortalecendo-se, retomando a sua identidade.

Um partido que não tem vergonha de se assumir pela Vida, pela Família, pela Soberania e pela Portugalidade.

Bem sei que há quem esteja a perguntar: mas quem ousa apresentar-se assim com tamanhas certezas?
Eu digo-vos: é uma militante das bases, que não faz parte de um só órgão nacional, mas que fez uma lista com outros militantes das bases e a levou a votos para aqui estarmos, sem favores, sem amiguismos ou compadrios.

E estamos aqui para lembrar que o partido não é de ex-governantes, de ex-presidentes, de ex‑deputados, de comentadores televisivos seja de política ou de futebol, de colunáveis ou de dirigentes distritais ou concelhios.

O partido não é vosso!

O partido é de todos nós, militantes das bases, que vos elegem!

E somos nós que, em todas as freguesias devemos dizer:
estou aqui, quero fazer diferente, com os mesmos valores de sempre.

Viva o CDS-PP!
Viva Portugal!

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