Na reunião do Conselho Nacional de 20 de Março de 2021 foi aprovada a Moção de Estratégia Sectorial “Transparência, Rigor e Responsabilidade” apresentada por Mário Cunha Reis, em nome da TEM Esperança em Movimento, no XXVIII Congresso Nacional do CDS-PP realizado em Aveiro, em 25 e 26 de Janeiro de 2020.
Preâmbulo
O CDS, enquanto partido político, terá tanto mais valor para Portugal quanto maior capacidade tiver para influenciar ou mesmo determinar as decisões políticas, com fidelidade sua à Declaração de Princípios, enunciada em 19 de Julho de 1974, na defesa do humanismo personalista, da democracia, do pluralismo e do Estado de Direito.
“O povo português deseja liberdade, justiça, eficácia,
competência, ordem, realismo e progresso.”
Adelino Amaro da Costa (1943-1980)
De igual modo, o CDS terá tanto mais valor para a sociedade portuguesa e para as pessoas comuns, na justa medida em que seja capaz de demonstrar, quer pela sua prática política, quer pela sua prática de gestão dos órgãos e estruturas internas e dos seus recursos, ser cumpridor da legalidade, ter as suas decisões orientadas pela moral e pela ética, ser respeitador das regras democráticas, ser dotado de competência técnica, favorecer a transparência e a prudência, tendo particular preocupação com o interesse geral e com as pessoas comuns, em particular das mais vulneráveis, e, portanto, desse modo, ser merecedor de confiança.
Propostas
1. Actualização da base de dados de militantes
2. Escrutínio dos candidatos e dos indicados a cargos de nomeação
3. Limitação de mandatos
4. Orçamentos e Contas Anuais
5. Comissão de Remunerações
6. Informação pública
7. Regularidade de reuniões dos órgãos
8. Arquivo histórico e documental
Documentos
Moção de Estratégia Sectorial “Transparência, Rigor e Responsabilidade”
XXVII Congresso Nacional do CDS-PP, Aveiro, 25 e 26 de Janeiro de 2020
Primeiro subscritor: Mário Cunha Reis
[Aprovada em Conselho Nacional do CDS-PP, em 20 de Março de 2021]

Parabéns, Mário Cunha Reis, por este trabalho que, não sendo completo, aponta caminhos sérios e que, se for correctamente aplicado poderá contribuir em muito para a credibilização do CDS.
Não chegam as suas reflexões para levantar o partido do estado moribundo em que caiu, para todos quantos depositaram esperança no trabalho dos seus fundadores, mas é um sério e ousado contributo para a esperança do renascer do CDS.
Os caminhos apontados poderão fazer muito pela transparência e simpatia pelo partido se se conseguir fazer chegar a mensagem a todos, quer sejam militantes ou simplesmente simpatizantes. Mas serão inúteis sem uma campanha que gere motivação… O descrédito atingiu um grau demasiado elevado e só terá efeito com intenso e persistente trabalho que altere a profunda descrença a que chegaram os militantes e simpatizantes. Muitos dos que não votam foram votantes CDS. Muitos dos que votam em outros partidos são potenciais votantes de um CDS que coloque na sua agenda um ponto constante: justiça social.
Mais do que mostrar que a justiça social é um dos caminhos a seguir e a sua defesa uma obrigação constante e prioritária, os “chavões” constantes de bipolarização e de guerrilha partidária afastam cada vez mais os cidadãos para os quais, a credibilidade política, mesmo do CDS, passou a ser palavra morta e sem sentido. Os militantes não são chamados a participar e essa é uma das maiores razões para o fracasso: o entusiasmo do militante acaba por sucumbir, afastando-se ou permanecendo apenas com o nome de militante, sem mais nada, achando que o partido, pelos seus dirigentes, se exibem apenas e nada se preocupam com a sociedade e os seus verdadeiros problemas, com o abismo entre muito ricos e demasiado pobres.
Não veem longe as Autárquicas. Do que conheço das Concelhias, a maioria das Direcções locais são instituições inúteis e, por isso, prejudiciais ao CDS. Não há informação de qualquer espécie, não existe qualquer ligação das Direcções Concelhias com os militantes. Não há qualquer ligação com eleitos locais. Estes agem segundo vontade e interesses próprios, na maioria dando uma imagem negativa do que seja o partido e do que pretende para a sociedade, afastando os eleitores.
Ninguém sabe se há ou não há reuniões e, se há, ninguém sabe o que lá se passa, o que se decide, o que se projecta. Ser militante ou não ser, é a mesma coisa.
Quanto ao meritório trabalho agora aprovado, sem que seja regulamentado e suficientemente fiscalizado, não se vê como seja cumprido, face ao que se tem visto até ao momento. O facto de ser um trabalho de 2019 e só agora aprovado também não se entende, mas mais vale tarde do que nunca, no dizer do povo.