Guimarães, 30 de Janeiro de 2021
A TEM Esperança em Movimento, corrente de opinião democrata-cristã do CDS-PP, apoiou no Congresso de Aveiro, em Janeiro de 2020, a Moção de Estratégia Global “Voltar a Acreditar”, de Francisco Rodrigues dos Santos, facto que lhe permitiu ser eleito Presidente do CDS-PP.
Recorde-se o resultado da votação: Francisco Rodrigues dos Santos, com 671 votos (46,4%); João Almeida, com 562 votos (38,9%) e Filipe Lobo d’Ávila, com 209 (14,45%).
O mandato que lhe foi conferido, por dois anos, terminará em 2022, salvo se, em função de uma avaliação política do desempenho, decorrente de resultados eleitorais, venha a justificar-se a realização de um Congresso Extraordinário, com o sentido de responsabilidade acrescido pela grave situação sanitária em que se encontra o país, e pela situação financeira crítica do partido que herdou.
Refira-se contudo, em abono da verdade, que até ao momento, Francisco Rodrigues dos Santos superou os dois desafios eleitorais mais próximos.
Superou o das legislativas da Região Autónoma dos Açores, tendo o CDS-PP passado a integrar o Governo Regional, a contragosto da sua oposição interna, determinada em causar desgaste, ao ponto de se ver, lamentavelmente, a ala liberal-progressista em coro com a extrema-esquerda, criticar o acordo que permitiu ao fim de 25 anos afastar o Partido Socialista do poder.
Superou igualmente o desafio das Presidenciais, tendo o CDS-PP apoiado, por decisão de uma maioria expressiva do Conselho Nacional, o candidato que resultou vencedor.
Segue-se o desafio das eleições Autárquicas, que, salvo eventual adiamento, terão lugar em Setembro ou Outubro.
A TEM Esperança em Movimento considera que a Moção de Estratégia Global “Voltar a Acreditar” mantém a sua validade política, e que, no respeito pelos militantes, não havendo conduta imprópria ou ilegítima, os mandatos devem ser cumpridos até ao final. Por outro lado, não obstante, a decisão de demissão de Filipe Lobo d’Ávila da Vice-Presidência do CDS-PP, inoportuna e com contornos ainda por esclarecer, Francisco Rodrigues dos Santos mantém intocada a sua legitimidade democrática, pois a sua estratégia política vencedora no Congresso não contou com os votos do grupo informal deste, o “Juntos pelo Futuro”.
No respeito institucional que promovemos e cultivamos, aguardamos serenamente a marcação de uma Reunião Ordinária do Conselho Nacional, na qual esperamos seja dado a conhecer o trabalho desenvolvido, as decisões, os pré-acordos com parceiros de coligação e os desafios resultantes da preparação das eleições Autárquicas, que são do interesse de todos os militantes.
Tenhamos claro que o CDS terá tanto mais utilidade para o país, quanto mais for capaz de demonstrar capacidade de combate político, com ideias claras, humanistas, equilibradas e sensatas.
Tenhamos claro que os portugueses estão hoje concentrados nos efeitos terríveis da pandemia, na crise sanitária, económica e social pela qual estamos a passar e que se farão sentir nos anos mais próximos, exigindo do CDS-Partido Popular sentido de Estado, dignidade, responsabilidade e sensatez.
Saibamos responder, estando à altura das nossas responsabilidades.
A Comissão Executiva da TEM
Mário Cunha Reis, Porta-Voz
Joana Bento Rodrigues
Hugo Schönenberger de Oliveira
Um congresso antecipado só fará sentido, se servir para uma clarificação do posicionamento do CDS no quadro de um centro direita e direita em reconfiguração, pela chegada de dois novos partidos – o CHEGA e a Iniciativa Liberal.
Se é apenas para dar lugar a mais uma dança de cadeiras, então será um mero desperdício de tempo.
Congratulo-me com o reconhecimento, ainda que tardio, da decisão do Conselho Nacional do CDS de apoiar a recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.