Ideologia de Género – O Combate da Nossa Geração

XXVII CONGRESSO DO CDS
Lamego, 10 e 11 de Março de 2018
Discurso proferido por Mário Cunha Reis
Membro da TEM/CDS


Senhor Presidente do Congresso
Senhora Presidente do CDS
Estimados Congressistas

Caríssimos amigos,

Venho falar-vos da Ideologia de Género,
uma das manifestações do marxismo cultural que tem estado a a ser implementada em Portugal e no mundo, com alto-patrocínio da Organização das Nações Unidas e de grandes Fundações Internacionais, de forma extremamente rápida, agressiva e autoritária, nas nossas vidas, através dos sistemas públicos de ensino e de saúde.

A doutrinação está a ser feita em Portugal, de forma furtiva, junto das crianças a partir dos três anos de idade, independentemente da vontade dos seus pais.

A Ideologia de Género
é uma das múltiplas frentes de uma guerra ideológica, cujo objectivo central é a destruição da civilização ocidental, de matriz europeia, com profundas raízes judaico-cristãs.
Uma civilização que compreende um conjunto de valores, princípios e convenções que permitem que a Humanidade seja capaz de viver em paz e prosperidade duradouras.
Que permite distinguir e separar a civilização da barbárie.

Esta guerra, marcadamente ideológica, marxista,
pretende criar um “Homem Novo”, um “Mundo Novo” e estabelecer por último uma “Nova Ordem Mundial”. Os marxistas pretendem criar um “Homem Novo”, destruindo, obviamente, a pessoa humana, negando-lhe a natureza.

Uma das principais batalhas, há muito esperada,
visa desconstruir a família natural (geradora de vida e garante da sua preservação), reconhecidamente um dos pilares fundamentais da nossa civilização.
Para tal, há-que relativizar a sua importância, substituindo-se o Estado à família, e apresentando-se, como modelo virtuoso, formas alternativas de família.

Começou com revolução sexual nas décadas de 1960 e 70, com a liberalização da moral sexual,
a banalização da sexualidade humana e a propagação da pornografia, através de todos os meios de comunicação e de entretenimento e dos meios culturais.

Prosseguiu com ampla liberalização do divórcio, o casamento de pessoas do mesmo sexo,
a co-adopção e depois com a adopção de crianças por pessoas do mesmo sexo.

Seguir-se-á a liberalização da alteração do registo civil do sexo e do nome para maiores de 16 anos,
sem necessidade de avaliação médica nem de consentimento por parte dos pais.
Os pais não poderão opor-se e estarão impedidos de recorrer a consultas de psicologia ou psiquiatria para os seus filhos.
De contrário, o Estado poderá agir judicialmente contra estes.
Isto não é ficção ou futurologia!

Estes Projectos da iniciativa das “esquerdas unidas” estão neste momento em discussão na Assembleia da República, e devem merecer do CDS a mais feroz oposição!

Desenganem-se, meus caros amigos!
A “ideologia de género” nada tem a ver com defesa dos direitos das mulheres,
ou da paridade entre homens e mulheres, nem sequer com a defesa dos direitos dos homosexuais ou de outras minorias.
Esta ideologia nega a existência da mulher, qualificando-a como uma mera construção social.
A mulher não existe. É uma construção social.

Mas a agenda da ideologia de género é bastante mais extensa.
E como poderemos observar no que se vai passando noutros países com governos de esquerda ditos “progressistas”, veremos em breve iniciativas no sentido de o Estado fomentar a chamada “diversidade de género”, financiando com dinheiro dos contribuintes portugueses programas de “mudança de sexo”, com administração de bloqueadores hormonais na adolescência e cirurgias para qualquer pessoa que o deseje.

Veremos igualmente a redução da idade para o consentimento de relações sexuais por parte de menores. Uma forma dissimulada de legalização de pedofilia.

Os principais protagonistas desta perversa ideologia é a extrema-esquerda
que está a utilizar o Partido Socialista, no governo, como uma espécie de “barriga de aluguer” para a prossecussão da sua agenda.

O CDS, que em 1976 rejeitou a Constituição marxista,
deve agora estar atento a esta agenda da “Ideologia de Género” e combatê-la de forma esclarecida, determinada e consistente.

Senhora Presidente, aqui sim, o CDS deverá estar «Um passo à frente»!
Queremos um “CDS a sério”.
Queremos um “Portugal a Sério”.

Senhora Presidente, precisamos de estar unidos neste combate, que é o grande combate da nossa geração.
Contamos consigo? Sim ou não?

Viva a democracia-cristã!
Viva a TEM!
Viva o CDS!
E sobretudo, viva Portugal!


Mário Cunha Reis
Membro da TEM/CDS
Militante da Concelhia de Guimarães

 

Documentos

“Ideologia de género – O Combate da Nossa Geração”, por Mário Cunha Reis
XXVII Congresso Nacional do CDS, Lamego, 10 e 11 de Março de 2018